Ditadura Militar no Brasil
Em 1° de abril de 1964 o presidente
João Goulart (que havia substituído Jânio Quadros quando este renunciou) foi
tirado do poder pelos militares, que instauraram uma ditadura (1). Dentre os fatores que influenciaram esse golpe
militar, estão:
-
a instabilidade política do período (com muita greves e manifestações sociais)
-
o alto custo de vida enfrentado pela população
-
a promessa de Jango (João Goulart) de fazer mudanças radicais na agricultura,
economia e educação.
-
o medo da classe média que o Socialismo ou Comunismo fossem implantados no
Brasil
- apoio dos Estados Unidos, da classe média, e
dos setores conservadores aos militares.
Os militares governavam através de
Atos Institucionais: decretos que legitimavam e legalizavam as ações políticas
dos militares. Cassaram[2]
os direitos políticos de seus opositores, reprimiam movimentos sociais e
manifestações da oposição, censuravam[3]
os meios de comunicação e os artistas (músicos, cantores, atores), e perseguiam
movimentos de guerrilha e opositores com extrema violência, inclusive por meio
de torturas e desaparecimentos, além de proibir partidos de esquerda. Também
usavam de intensa propaganda para mascarar[4]
os problemas do Brasil. Muita gente teve que sair do Brasil devido às
perseguições políticas e ficaram exiladas[5]
em outros países.
Houve um período de crescimento e
investimentos externos que foi chamado de “milagre brasileiro”: grandes obras
foram feitas, mas apesar do grande crescimento a população ficava cada dia mais
pobre.
Após quase vinte anos onde a
população brasileira não podia votar para presidente e os próprios militares
eram quem escolhiam quem seria o próximo, um lento processo de abertura
política se iniciou, e a anistia foi concedida em 1979: os cidadãos exilados já
tinham permissão para voltar ao país. Em 1984 a campanha Diretas Já (uma
campanha popular onde as pessoas foram às ruas para exigir seu direito de votar
para presidente) juntou um milhão de pessoas.
Em 1985 finalmente o congresso
aprovava emendas que acabavam com os vestígios da ditadura: eleições diretas
para presidente e partidos comunistas ou de esquerda deixaram de ser proibidos.
Mas as conseqüências de 20 anos de ditadura e repressão eram claras: pessoas
desaparecidas e torturadas, a inflação a níveis assustadores como nunca se
havia visto antes, obras paralisadas por todo o Brasil e uma dívida externa com
os Estados Unidos que crescia cada dia mais.
[2] Cassar: eliminar, extinguir
[3] Censurar: reprovar, repreender, proibir.
[4] Mascarar: esconder, disfarçar
[5] Exílio, ficar exilado: estar longe de sua casa ou de seu
país; ser banido (expulso) de seu país
Além do Brasil, vários países da América Latina também passaram por governos ditatoriais quase na mesma ápoca: Argentina, Chile, Paraguai, Bolívia, Uruguai, Peru, Guatemala, República Dominicana e Nicarágua. Para saber mais sobra as ditaduras na América Latina, acesse os links:
Saiba mais:
Veja as imagens:
A foto abaixo mostra Dilma Roussef respondendo um interrogatório após 22 dias de tortura. Os oficiais escondem o rosto, mas ela faz questão de encarar seus torturadores. Eles jamais poderiam imaginar que 41 anos depois aquela mesma mulher seria presidente da república.
Em 1979 o general Figueiredo, presidente do Brasil na época faz uma viagem à Belo Horizonte. Lá, a menina rejeitou o cumprimento do general, e a foto virou símbolo da luta contra a ditadura, sendo publicada em vários jornais e revistas, no Brasil e no exterior.
O jornalista Vladimir HErzog, que apresentava o principal jornal da TV cultura. Fi convocado a prestar alguns esclarecimentos no DOPS, e lá mesmo morreu devido às torturas. Segundo a versão dos militares, ele se "suicidou" em sua própria cela.
Acesse os sites:
Filme revela como os EUA colaboraram com o golpe de 64 no Brasil
Mulheres que ousaram combater a ditadura militar
Mulheres que ousaram combater a ditadura militar
Veja os vídeos e documentários:
Brasil, o relato de uma tortura: http://www.youtube.com/watch?v=CCmA80YgwDY
http://www.youtube.com/watch?v=jXUYZQWD-fg
Memórias do chumbo no Brasil: http://www.youtube.com/watch?v=cViE1fZ3tzA
Assista os filmes:
Anos Rebeldes: http://www.youtube.com/watch?v=s7cwJpsV29c (parte 1)
A minissérie Anos Rebeldes foi exibida pela Rede Globo, e retrata o período do final dos anos 60 e meados dos anos 70. Os personagens da série vivem conflitos amorosos e políticos, e alguns deles enveredam para a luta armada.
PS: procure as parte subsequentes da série na listagem de vídeos que aparece relacionada.
O ano em que meus pais saíram de férias: http://www.youtube.com/watch?v=fnrhYwuxaTs
Sinopse: 1970. Mauro (Michel Joelsas) é um garoto mineiro de 12 anos, que adora futebol e jogo de botão. Um dia sua vida muda completamente, já que seus pais saem de férias de forma inesperada e sem motivo aparente para ele. Na verdade os pais de Mauro foram obrigados a fugir por serem de esquerda e serem perseguidos pela ditadura, tendo que deixá-lo com o avô paterno (Paulo Autran). Porém o avô enfrenta problemas, o que faz com que Mauro tenha que ficar com Shlomo (Germano Haiut), um velho judeu solitário que é seu vizinho. Enquanto aguarda um telefonema dos pais, Mauro precisa lidar com sua nova realidade, que tem momentos de tristeza pela situação em que vive e também de alegria, ao acompanhar o desempenho da seleção brasileira na Copa do Mundo.
O que é isso companheiro? https://www.youtube.com/watch?v=9_ODe6ar7ag&list=PLFAB84F41D5AB1A0A&index=65
Sinopse: O jornalista Fernando e seu amigo César abraçam a luta armada contra a ditadura militar no final da década de 60. Os dois se alistam num grupo guerrilheiro de esquerda. Em uma das ações do grupo militante, César é ferido e capturado pelos militares. Fernando então planeja o sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick, para negociar a liberdade de César e de outros companheiros presos.
Batismo de Sangue: https://www.youtube.com/watch?v=YPaycJ8ij3s
Sinopse: São Paulo, fim dos anos 60. O convento dos frades dominicanos torna-se uma trincheira de resistência à ditadura militar que governa o Brasil. Movidos por ideais cristãos, os freis Tito (Caio Blat), Betto (Daniel de Oliveira), Oswaldo (Ângelo Antônio), Fernando (Léo Quintão) e Ivo (Odilon Esteves) passam a apoiar o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado por Carlos Marighella (Marku Ribas). Eles logo passam a ser vigiados pela polícia e posteriormente são presos, passando por terríveis torturas.
Zuzu Angel: https://www.youtube.com/watch?v=duCoCVG2tt8
Sinopse: Brasil, anos 60. A ditadura militar faz o país mergulhar em um dos momentos mais negros de sua história. Alheia a tudo isto, Zuzu Angel (Patrícia Pillar), uma estilista de modas, fica cada vez mais famosa no Brasil e no exterior. O desfile da sua coleção em Nova York consolidou sua carreira, que estava em ascensão. Paralelamente seu filho, Stuart (Daniel de Oliveira), ingressa na luta armada, que combatia as arbitrariedades dos militares. Resumindo: as diferenças ideológicas entre mãe e filho eram profundas. Ela uma empresária, ele lutando pela revolução socialista e Sônia (Leandra Leal), sua mulher, partilha das mesmas idéias. Numa noite Zuzu recebe uma ligação, dizendo que "Paulo caiu", ou seja, Stuart tinha sido preso pelos militares. As forças armadas negam e Zuzu visita uma prisão militar e nada acha, mas viu que as celas estavam tão bem arrumadas que aquilo só podia ser um teatro de mau gosto, orquestrado pela ditadura. Pouco tempo depois ela recebe uma carta dizendo que Stuart foi torturado até a morte na aeronáutica. Então ela inicia uma batalha aparentemente simples: localizar o corpo do filho e enterrá-lo, mas os militares continuam fazendo seu patético teatro e até "inocentam" Stuart por falta de provas, apesar de já o terem executado. Zuzu vai se tornando uma figura cada vez mais incômoda para a ditadura e ela escreve que não descarta de forma nenhuma a chance de ser morta em um "acidente" ou "assalto".
O filme Machuca não se passa no Brasil, e sim no Chile. Ele aborda o contexto da ditadura de Pinochet no Chile através da história de Pedro Machuca, um garoto que sofria bullyng na escola (filme legendado).
Sinopse: Chile, 1973. Gonzalo Infante (Matías Quer) é um garoto que estuda no Colégio Saint Patrick, o mais conceituado de Santiago. Gonzalo é de uma família de classe alta, morando em um bairro na área nobre da cidade com seus pais e sua irmã. O padre McEnroe (Ernesto Malbran), o diretor do colégio, inspirado no governo de Salvador Allende decide implementar uma política que faça com que alunos pobres também estudem no Saint Patrick. Um deles é Pedro Machuca (Ariel Mateluna) que, assim como os demais, fica deslocado em meio aos antigos alunos da escola. Provocado, Pedro é seguro por trás e um deles manda que Gonzalo o bata, que se recusa a fazer isto e ainda o ajuda a fugir. A partir de então nasce uma amizade entre os dois garotos, apesar do abismo de classe existente entre eles.
Sinopse: Chile, 1973. Gonzalo Infante (Matías Quer) é um garoto que estuda no Colégio Saint Patrick, o mais conceituado de Santiago. Gonzalo é de uma família de classe alta, morando em um bairro na área nobre da cidade com seus pais e sua irmã. O padre McEnroe (Ernesto Malbran), o diretor do colégio, inspirado no governo de Salvador Allende decide implementar uma política que faça com que alunos pobres também estudem no Saint Patrick. Um deles é Pedro Machuca (Ariel Mateluna) que, assim como os demais, fica deslocado em meio aos antigos alunos da escola. Provocado, Pedro é seguro por trás e um deles manda que Gonzalo o bata, que se recusa a fazer isto e ainda o ajuda a fugir. A partir de então nasce uma amizade entre os dois garotos, apesar do abismo de classe existente entre eles.
Visões (título em inglês: Imagining Argentina): http://www.youtube.com/watch?v=p02KFxPHP8E O filme está em inglês, nao encontrei a versão dublada ou legendada em português. Talvez você consiga assistir legendado em português aqui: http://www.filmesdetv.com/imagining-argentina.html
Sinopse: o filme se passa no ano 1970 na Argentina, em meio à ditadura. Carlos é um diretor de teatro infantil, casado com uma jornalista. Após sua esposa escrever uma matéria sobre o desaparecimento de crianças, ela desaparece, e Carlos se envolve numa busca frenética para encontrá-la. Ele descobre que tem um dom e que consegue encontrar outras pessoas desaparecidas e ajudar suas famílias, mas não consegue encontrar sua esposa.
Ouça as músicas:
Músicas de protesto ou crítica à Ditadura Militar
Alegria, alegria (Caetano Veloso): http://www.youtube.com/watch?v=4tzSETbQcJk
A música Alegria, Alegria foi lançada em 1967, por Caetano Veloso. Valorizava a ironia, a rebeldia e o anarquismo a partir de fragmentos do dia-a-dia. Em cada verso, revelações da opressão ao cidadão em todas as esferas sociais. A letra critica o abuso do poder e da violência, as más condições do contexto educacional e cultural estabelecido pelos militares, aos quais interessava formar brasileiros alienados.Roda Viva (Chico Buarque): http://www.youtube.com/watch?v=IpAR9DlQV6o
A música Roda Viva critica a falta de liberdade que existia durante o regime militar. "A gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar".
É proibido proibir (Caetano Veloso): http://www.youtube.com/watch?v=hE1ULHlLdWo
Esta é uma música de Caetano Veloso, lançada em 1968. Esta canção era uma manifestação das grandes mudanças culturais que estavam ocorrendo no mundo na década de 1960. Na apresentação realizada no Teatro da Universidade Católica de São Paulo, a música de Caetano foi recebida com furiosa vaia pelo público que lotava o auditório. Indignado, Caetano fez um longo e inflamado discurso que quase não se podia ouvir, tamanho era o barulho dentro do teatro.
Caminhando (Geraldo Vandré): http://www.youtube.com/watch?v=1KskJDDW93k
Esta é uma música de Geraldo Vandré, lançada em 1968. Vandré foi um dos primeiros artistas a ser perseguido e censurado pelo governo militar. A música foi a sensação do Festival de Música Brasileira da TV Record, se transformando em um hino para os cidadãos que lutavam pela abertura política. Através dela, Vandré chamava o público à revolta contra o regime ditatorial e ainda fazia fortes provocações ao exército.
Cálice (Chico Buarque): http://www.youtube.com/watch?v=vWxxVt_Tbd8
A música Cálice, lançada por Chico Buarque em 1973, faz alusão a oração de Jesus Cristo dirigida a Deus no Jardim do Getsêmane: “Pai, afasta de mim este cálice”. Para quem lutava pela democracia, o silêncio também era uma forma de morte. Para os ditadores, a morte era uma forma de silêncio. Daí nasceu a ideia de Chico Buarque: explorar a sonoridade e o duplo sentido das palavras “cálice” e “cale-se” para criticar o regime instaurado.
Apesar de você (Chico Buarque): http://www.youtube.com/watch?v=33-bMTOlvx0
Depois de Geraldo Vandré, Chico Buarque se tornou o artista mais odiado pelo governo militar, tendo dezenas de músicas censuradas. Apesar de você foi lançada em 1970, durante o governo do general Médici. A letra faz uma clara referência a este ditador. Para driblar a censura, ele afirmou que a música contava a história de uma briga de casal, cuja esposa era muito autoritária. A desculpa funcionou e o disco foi gravado, mas os oficiais do exército logo perceberam a real intenção e a canção foi proibida de tocar nas rádios.
Jorge Maravilha (Julinho da Adelaide, que era um pseudônimo de Chico Buarque) http://www.youtube.com/watch?v=jY8lvjmexwo
Jorge Maravilha, lançada em 1974, é mais uma música de Chico Buarque, agora sob o pseudônimo de Julinho de Adelaide, criado para driblar a censura. Os versos “você não gosta de mim, mas sua filha gosta” parecia uma relação conflituosa entre sogro, genro e filha. Mas, na verdade, fazia alusão à família do general Geisel. Geisel odiava Chico Buarque. No entanto, a filha do militar manifestava interesse pelo trabalho do compositor.
Que as crianças cantem livres (Taiguara): http://www.youtube.com/watch?v=9yKKsEPxEw0
Composição de Taiguara, lançada em 1973. No mesmo ano, o cantor se exilou em Londres, tendo sido um dos artistas mais perseguidos durante a ditadura militar. Taiguara teve 68 canções censuradas, durante o período de maior endurecimento do regime, no fim da década de 1960 até meados da década de 1970.
Eu quero é botar meu bloco na rua (Sergio Sampaio): http://www.youtube.com/watch?v=D8EhcQaBtpI
Um corajoso protesto contra a ditadura militar, a letra dessa música afirma que o autor não foge da briga e não tem medo, seja do que for.
Mulher barriguda (Secos e Molhados): http://www.youtube.com/watch?v=S4Sfsyavpgs
Fala sobre as crianças que estavam nascendo no período e teme pelo futuro delas, devido a tantos conflitos e guerras que ocorriam no momento.
Músicas pela redemocratização
Inútil (Ultraje a Rigor): http://www.youtube.com/watch?v=qxRRxN5Lx3o
Estado violência (Titãs): http://www.youtube.com/watch?v=f3_eP1SWFwE
Censura (Plebe Rude): http://www.youtube.com/watch?v=m_mUDCMUtZM
Música de crítica ao sistema vigente
Até quando esperar? (Plebe Rude): http://www.youtube.com/watch?v=YjRVNUt249U
Leia os livros
Cale-se, MPB e Ditadura Militar: se você curtiu o tema e gostaria de se aprofunda no assunto, sugiro a leitura desse livro, que trata das letras compostas nos anos mais duros da ditadura (64 a 74), e reforça a ideia de que a música serviu (e ainda serve) como importante ferramenta de comunicação, carregando mensagens, críticas e opiniões. Nem todas as músicas descritas nele foram criadas como forma de protesto. Alguns compunham músicas com forte teor político e social, mas nem sempre se dirigiam diretamente à ditadura.
Versões e ficções: o sequestro da História: Reunião de textos sobre a resistência à ditadura militar no Brasil dos anos 60 e 70. É a versão de quem viveu e acompanhou um momento dramático da história brasileira, em que o governo militar cerceou liberdades civis e perseguiu violentamente seus opositores.
Memórias de uma guerra suja: Baseado em depoimento de um ex-delegado do Dops (Delegacia de Ordem Política e Social) a Marcelo Netto e Rogério Medeiros e narrado em primeira pessoa, esse livro levou três anos para ser concluído e gerou indignação nos familiares dos envolvidos
Seu amigo esteve aqui: narra a história de Carlos Alberto Soares Freitas, militante político assassinado na Casa da Morte, em Petrópolis (RJ), na década de 1970. Conhecido como Breno, ele era dirigente da VAR-Palmares --organização clandestina que lutava contra a ditadura militar da qual a atual presidente, Dilma Rousseff, fazia parte.
Série de livros "As Ilusões Armadas", de Elio Gaspari. Composta pelos volumes "A Ditadura Escancarada", "A Ditadura Envergonhada" e "A Ditadura Derrotada", os livros falam sobre esse período obscuro da História do Brasil, desde o golpe até quase seu fim.
1968, o ano que não terminou, de Zuenir Ventura: interessante livro com vários textos que falam sobre diversos personagens da ditadura, como Cesinha (militante do MR-8), o capitão Carlos Lamarca (militante da VPR- Vanguarda Popular Revolucionária), artistas como Caetano Veloso, Chico Buarque e outros.
Os Carbonários- Memórias da guerrilha perdida, de Alfredo Sirkis. O autor conta em primeira pessoa sobre o movimento estudantil da qual era participante e de como aconteceu o sequestro dos embaixadores alemão e suíço. Fala sobre os dilemas vividos com Carlos Lamarca e como ele próprio aderiu à guerrilha armada após os AI-5.
O que é isso, companheiro?, de Fernando Gabeira. Gabeira, hoje deputado federal, relata aqui suas experiências com a militância política, a guerrilha, a prisão, a tortura e o exílio que ele mesmo viveu. Esse livro inspirou o filme de mesmo nome, cujo link foi disponibilizado mais acima.
Trechos do livro em pdf: aqui
Livros infanto juvenis:
Cale-se, MPB e Ditadura Militar: se você curtiu o tema e gostaria de se aprofunda no assunto, sugiro a leitura desse livro, que trata das letras compostas nos anos mais duros da ditadura (64 a 74), e reforça a ideia de que a música serviu (e ainda serve) como importante ferramenta de comunicação, carregando mensagens, críticas e opiniões. Nem todas as músicas descritas nele foram criadas como forma de protesto. Alguns compunham músicas com forte teor político e social, mas nem sempre se dirigiam diretamente à ditadura.
Versões e ficções: o sequestro da História: Reunião de textos sobre a resistência à ditadura militar no Brasil dos anos 60 e 70. É a versão de quem viveu e acompanhou um momento dramático da história brasileira, em que o governo militar cerceou liberdades civis e perseguiu violentamente seus opositores.
Memórias de uma guerra suja: Baseado em depoimento de um ex-delegado do Dops (Delegacia de Ordem Política e Social) a Marcelo Netto e Rogério Medeiros e narrado em primeira pessoa, esse livro levou três anos para ser concluído e gerou indignação nos familiares dos envolvidos
Seu amigo esteve aqui: narra a história de Carlos Alberto Soares Freitas, militante político assassinado na Casa da Morte, em Petrópolis (RJ), na década de 1970. Conhecido como Breno, ele era dirigente da VAR-Palmares --organização clandestina que lutava contra a ditadura militar da qual a atual presidente, Dilma Rousseff, fazia parte.
Série de livros "As Ilusões Armadas", de Elio Gaspari. Composta pelos volumes "A Ditadura Escancarada", "A Ditadura Envergonhada" e "A Ditadura Derrotada", os livros falam sobre esse período obscuro da História do Brasil, desde o golpe até quase seu fim.
1968, o ano que não terminou, de Zuenir Ventura: interessante livro com vários textos que falam sobre diversos personagens da ditadura, como Cesinha (militante do MR-8), o capitão Carlos Lamarca (militante da VPR- Vanguarda Popular Revolucionária), artistas como Caetano Veloso, Chico Buarque e outros.
Os Carbonários- Memórias da guerrilha perdida, de Alfredo Sirkis. O autor conta em primeira pessoa sobre o movimento estudantil da qual era participante e de como aconteceu o sequestro dos embaixadores alemão e suíço. Fala sobre os dilemas vividos com Carlos Lamarca e como ele próprio aderiu à guerrilha armada após os AI-5.
O que é isso, companheiro?, de Fernando Gabeira. Gabeira, hoje deputado federal, relata aqui suas experiências com a militância política, a guerrilha, a prisão, a tortura e o exílio que ele mesmo viveu. Esse livro inspirou o filme de mesmo nome, cujo link foi disponibilizado mais acima.
Trechos do livro em pdf: aqui
Livros infanto juvenis:
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